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Entrevista: Lucas Palma apresenta o diferencial do ‘campo de batalha’ na formação do profissional de TI

Lucas Palma Comunidade Hackone

Mais do que um especialista em TI, o empreendedor e visionário Lucas Palma traz para o Brasil a metodologia que une o campo de batalha e a troca de experiências em comunidade para acelerar o desenvolvimento dos alunos. A versatilidade do modelo permitiu a abertura de novas linhas de negócios, como os cursos de pós-graduação e a unidade Business to Business.

A metodologia da Comunidade Hackone para a qualificação de profissionais de TI chamou a atenção da Nap IT. Isso porque, idealizado pelo especialista Lucas Palma – que detém mais de 30 certificações em diferentes tecnologias no mercado –, o programa traz a proposta de desenvolver ‘pessoas’ no setor de tecnologia de forma acelerada e definitiva.

Como Luis Lhullier, nosso CTO, estava com o desafio de nivelar o conhecimento dos colaboradores e criar um plano de carreira, ele contatou Lucas Palma, tendo em mente a customização do programa Hackone para o Programa de Capacitação da Nap IT.

O contato resultou na parceria entre a Nap IT e Lucas Palma que, além da customização do programa trouxe a oportunidade para a Comunidade Hackone abrir nova linha de negócios.

Em entrevista para o Blog da Nap IT, Lucas fala sobre a idealização da Comunidade Hackone, a interação via comunidade, a parceria, os projetos para 2023, entre outros pontos.

Confira!

Blog Nap IT – O que é a Comunidade Hackone e qual foi seu objetivo ao criá-la?

Lucas Palma – Para definir o que é a Comunidade Hackone preciso trazer um pouco da minha experiência em tecnologia. Venho de uma carreira super dinâmica, trabalhando em empresas globais e com uma bagagem de mais de 12 anos no mercado europeu, onde atuo até hoje.

Nessa trajetória, observei que o profissional de infraestrutura é muito independente quando quer desenvolver sua carreira. Mesmo procurando o caminho que considera o mais correto, sem um direcionamento ele demora para alcançar uma posição expressiva. Esse cenário é ruim tanto para quem busca a especialização quanto para as empresas que precisam dos especialistas.

Do meu ponto de vista, as pessoas precisavam se unir a uma comunidade para ter um caminho acessível, no qual possam contar com especialistas em infraestrutura capazes de compartilhar seus conhecimentos e garantir um ensino acelerado. A Hackone nasceu para trazer conhecimento por meio da comunidade, preparando o profissional em um campo de batalha.

E o que é uma comunidade? É o lugar onde as pessoas estão lutando todos os dias por algo melhor e todos se ajudam para chegar ao objetivo. Eu tenho esse conceito desde minha infância, porque nasci em uma comunidade.

Na Comunidade Hackone aceleramos o conhecimento das pessoas que querem se especializar, e o diferencial é a veia forte em skin in the game, no campo de batalha, onde trazemos a realidade do que está acontecendo no mercado. Não trabalhamos apenas a teoria.

A Comunidade Hackone parece ser um projeto muito pessoal, que tem muito a ver com o perfil empreendedor do Lucas Palma. O que te impulsiona e qual é o seu desafio?

LP – Fui criado na periferia de São Paulo, onde as oportunidades são reduzidas. Sabendo disso, quis passar minha experiência para as pessoas, oferecendo um caminho claro rumo às oportunidades – caminho esse que tive de descobrir sozinho. Isso me impulsiona.

O profissional certificado vai dominar determinado conhecimento e vai ter oportunidades. Diferente do que era no passado, onde mesmo tendo uma faculdade, a entrada para o mercado de trabalho era incerta. Então, o desafio é perseguir a consistência, com melhorias contínuas para entregarmos conteúdo de qualidade e diferenciado para essas pessoas.

A Hackone nasceu como uma comunidade. E hoje, ela oferece linhas de produtos e serviços específicos aos alunos?

LP – A Comunidade em si é um dos produtos. A Hackone nasceu em 2019 criando comunidades e já passou por várias transformações. Continuamos com nossa missão de acelerar o conhecimento por meio da comunidade, mas hoje temos diversas linhas de negócios. Uma delas, a da pós-graduação, tem chacoalhado o mercado e vai fazer bastante barulho em 2023.

A Hackone oferece hoje a Comunidade Cisco, a Comunidade Cibersegurança, a Comunidade Mikrotik e em fevereiro de 2023 vamos lançar a pós-graduação na Comunidade Cloud Computing, que mesmo não tendo sido inaugurada, já tem mais de 120 alunos matriculados.

O fato é que nossa pós-graduação é completamente diferente das que vemos nas prateleiras das universidades. Nosso curso será ministrado por especialistas, mentores e professores de mercado, aptos a entregarem conhecimento prático, levando os alunos para o campo de batalha.

Como a Comunidade Hackone consegue transformar pessoas leigas em tecnologia em profissionais do setor?

LP – A metodologia que eu trouxe para o Brasil tem a veia dos bootcamps. Tudo o que ensinamos está baseado em uma parte teórica, que é super relevante e importante para que o profissional não seja um apertador de botões. Porém, somos focados em projetos, em estudos de casos trazidos de empresas reais.

Assim, ao invés do aluno aprender com um livro como construir uma rede de cibersegurança, oferecemos experiência prática, pelos estudos de casos de empresas reais, de projetos que eu já trabalhei e que posso compartilhar.

Mas o aprendizado exige um trabalho a quatro mãos para que algo aconteça: as mãos de quem está fornecendo o conteúdo e as de quem acessa o conteúdo.

Por isso, estamos sempre atentos aos alunos que apresentam baixo rendimento. Nossa equipe de “Customer Experience” (CX) faz o acompanhamento do aluno durante os primeiros 120 dias de curso para ter certeza de que ele está engajado.

Pela nossa experiência e analytics, identificamos que 120 dias é o tempo em que o aluno pode desistir e tentar uma mudança de profissão. Acreditamos que o acompanhamento é determinante para mantermos taxas de aprovação tão expressivas para as certificações. Nosso score é de 96%.

E como essas pessoas encaram o campo de batalha?

LP – Considero que a carreira do profissional de TI é dividida em duas partes: a certificação e o campo de batalha.

A certificação abre o caminho para o profissional chegar a uma entrevista técnica e entrar para o mercado de trabalho com mais facilidade. Mas é com a vivência no campo de batalha e a experiência que o profissional vai desenvolver sua carreira.

Quais são os marcos de sucesso da Comunidade Hackone?

LP – Registramos um marco importante em 2020 quando alcançamos 100 mil membros e mais de 350 certificados. Hoje, contamos com 5 mil membros ativos e contabilizamos mais de 2 mil profissionais que concluíram pelo menos uma certificação.

Em nosso canal do Youtube temos a playlist “Somos uma Comunidade”, que traz histórias das pessoas que alcançam resultados e desenvolvem suas carreiras conosco, assim como o feedback de empresas como a Nap TI, de CTOs e CIOs que demonstram sua satisfação com os resultados. Também podemos considerar como um marco nos processos de fidelização.

Como se deu a parceria com a Nap IT e a customização do Programa de Capacitação Hackone?

LP – Recebemos o contato do Luis Lhullier, CTO da Nap IT, que nos apresentou o desafio da empresa de desenvolver um plano de capacitação para os colaboradores, e que ao mesmo tempo fosse voltado a um plano de carreira, formando os especialistas de maneira acelerada e voltada às necessidades dos projetos da Nap IT.

Eles queriam algo diferente de um produto de portfólio ou superficial, algo que levasse os colaboradores a outros níveis de conhecimento e experiência.

Junto aos líderes da empresa, desenhamos um diagnóstico para criar formações que entregassem valor às equipes. Assim, começamos um projeto de sucesso, onde os colaboradores estão evoluindo em suas carreiras. Esse foi o marco zero da nossa parceria.

Aprendemos demais durante o desenvolvimento desse conteúdo. Conseguimos crescer juntos, e dessa parceria resultou a criação de uma nova torre da Hackone, a Business to Business, que é justamente a área de customização da Hackone para o mercado corporativo.

O que diferencia a Hackone do Lucas Palma do Programa de Capacitação Hackone da Nap IT?

LP – O foco do programa é acelerar o desenvolvimento das habilidades do colaborador. Customizamos 100% da Hackone para garantir que iríamos entregar exatamente o que a Nap IT precisava. Construímos o programa junto aos líderes da área NOC (Network Operations Center), os C-Levels e a diretoria para que todas as áreas fossem conectadas.

Nesse programa, o conhecimento é aplicado por meio de trilhas específicas que atende ao momento de cada colaborador. Tudo foi criado dentro do skill dos profissionais e pensando em onde queremos levá-los, dentro do seu tempo.

Por exemplo, uma trilha para um analista nível 0 (N0), pode ser feita em média de três a seis meses para chegar ao N1; e de seis a nove meses para o analista chegar ao Nível2 e Nível3.

Um dos desafios da Nap IT era nivelar o conhecimento de seus colaboradores segundo suas áreas de atuação. Você acredita que esse é o ponto forte do programa?

LP – Se uma empresa precisa capacitar o seu time, o que ela faz? Compra treinamentos que são os mesmos para todo mundo, entrega para o time e cruza os dedos para que, magicamente, os resultados aconteçam, sendo que muitas vezes eles nem foram alinhados.

Sabemos também que gerentes e diretores têm uma visão do colaborador, mas a realidade é outra. Então, construímos um diagnóstico pelo qual conhecemos o momento e o nível de cada especialista. Esse diagnóstico é fundamental para entender em qual trilha posicionar cada colaborador e saber quem precisa de conteúdo complementar para que consiga acompanhar as trilhas seguintes sem dificuldades.

E esse foi um dos grandes sucessos do programa, porque dessa maneira damos as ferramentas corretas para as pessoas que já sabem usar as ferramentas e aperfeiçoamos aquelas que precisaram para depois entregar novas ferramentas, deixando-as alinhadas ao grupo.

Como os resultados do programa são mensurados?

LP – Como falamos anteriormente, o aluno é acompanhado de perto e avaliado nos primeiros 120 dias, pois se fizermos uma avaliação prática ou teórica após os seis meses, o feedback pode mostrar que ele não evoluiu, e dessa forma perdemos nosso trabalho.

Dentro de cada trilha que criamos, dividimos em módulos específicos. Não tem como o aluno avançar nos módulos antes de garantir um aproveitamento acima de 75%.

Em cada módulo fazemos uma análise, e por meio dela discutimos com os líderes da Nap IT sobre o acesso à plataforma, o tempo de uso, o acompanhamento das aulas, entre outros índices do progresso. A análise não é uma cobrança, mas uma ferramenta de apoio para garantir que ao final o colaborador tenha o resultado esperado.

O que você diria para as pessoas que querem entrar ou se aperfeiçoar no segmento de tecnologia?

LP – Reforço minha visão de que o mercado sente falta de profissionais que buscam pela senioridade e que essa habilidade não vem apenas do tempo de trabalho ou com conteúdo técnico, mas envolve soft skills e a troca de experiências.

Por isso, todo profissional que vislumbra tornar-se especialista deve fazer parte de uma comunidade para acelerar seu conhecimento e ter um diferencial em sua carreira.

Minicurrículo: Lucas Palma é CCIE Service Provider, aprovado no primeiro attempt em Sydney, Austrália. Já gerenciou o core de uma das maiores Provedoras do Mundo e hoje atua como DevOps Cloud em Amsterdam no maior banco Holandês. Ao longo de sua carreira, foi mentor de mais de 3 mil alunos.

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