A exemplo das Eniac Girls, as mulheres sempre contribuíram para a evolução das tecnologias, porém nem sempre foram reconhecidas. Mas tudo é um ciclo e hoje elas quebram barreiras e até têm apoio de veteranos da TI, como é o caso da nossa Analista de Operações, Débora Pires
*Eniac Girls, essas são as garotas que, na década de 40, se destacaram na computação!
A princípio, elas trabalhavam como matemáticas e durante a II Guerra Mundial faziam cálculos da trajetória dos projéteis de artilharia em relação à altura que os soldados a erguiam. Cada cálculo demorava em média 30 horas.
Tempos depois, ingressaram no projeto Eniac (Electronic Numerical Integrator and Computer) – o primeiro computador eletrônico em grande escala. Elas faziam a programação, enquanto os homens desenvolviam o hardware. Quando o Eniac foi lançamento, em fevereiro de 1046, houve uma demonstração e o computador calculou uma trajetória em 20 segundos. Apesar do sucesso do lançamento, as Eniac Girls não foram convidadas e tampouco citadas nos eventos comemorativos.
Naquela época era comum as mulheres atuarem como programadoras, uma atividade que era mal remunerada. Porém, a profissão foi se tornando muito intelectual e passou a ser bem remunerada. A perspectiva de melhores salários ampliou o interesse dos homens. Eles, então, criaram organizações profissionais com requisitos mais rígidos para entrar na área, restringindo a contratação de mulheres.
Essa restrição realmente refletiu por anos nas características da profissão, sendo em sua maioria exercida por homens. Mas, esse paradigma está novamente sendo quebrado.
Atualmente, as mulheres vêm superando os desafios impostos, além disso estão recebendo mais apoio para entrar e permanecer no segmento da tecnologia. Esse é o sentimento da nossa Analista de Operações de Rede, Débora Pires, que traz uma história muito positiva em relação a aceitação e conquista de seu espaço quando ingressou na área.
Confira agora a trajetória profissional da Débora Pires em nosso especial “Mulheres na TI”.
Primeira experiência definiu caminhos
Atuar no segmento de TI foi uma escolha profissional para Débora que com apenas 14 anos teve seu primeiro contato nesse universo. Como Menor Aprendiz, trabalhou no Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) na Rede Marista, e desde que terminou o programa soube que queria seguir na área.
Depois dessa experiência, ingressou em um curso para Técnico em Redes, em uma turma que, de 30 alunos, contava somente com duas mulheres. A escolha do curso foi baseada na primeira experiência de trabalho e por meio dele começou a trabalhar na Nap IT.
“Entrei na área sabendo que era um território dominado por homens e imaginei que teria muitos desafios, já que tinha pouco conhecimento. Mas fui acolhida! Tive o apoio dos engenheiros e técnicos de rede, os especialistas da Nap IT. Além disso, para crescer profissionalmente eu mesma me desafiei. Um exemplo é a conquista da certificação CCNA (Cisco Certified Network Associate). Estipulei meta e prazo e consegui a certificação que é um requisito na Nap IT para a área de redes. Essa conquista me abriu muitas portas”, comemora.
‘Difícil ver mulher na área de redes’
Uma frase que Débora sempre escuta é ‘Difícil ver mulher na área de redes’. “Realmente, hoje, como nas décadas de 30 a 50, é comum vermos as mulheres trabalhando em desenvolvimento e programação, mas ‘em redes’ não é comum. Acredito que isso ocorra por falta de incentivo às mulheres.”
A analista ainda acrescenta que a área de tecnologia está sempre inovando, por isso os estudos precisam ser uma constante e os desafios são diários. E para manter um ritmo entre trabalho, estudo e atividades domésticas, ela aposta na organização, com horários determinados para cada atividade.
“Meu trabalho representa muito na minha vida, iniciei com pouco conhecimento e chegar aonde cheguei é recompensador. Espero continuar crescendo ainda mais dentro da Nap IT.”
Débora Pires atua na área de sustentação N2, atuando na resolução de incidentes e monitorando as tecnologias dos clientes para resolver ou prevenir problemas de rede.
Acompanhe em nosso blog mais histórias das ‘Mulheres na TI’ que fazem a diferença na Nap!
*A equipe Eniac Girls é formada por Jean Jennings Bartik, Marlyn Wescoff Meltzer, Ruth Lichterman Teitelbaum, Betty Snyder Holberton, Frances Bilas Spence, Kay Mauchly Antonelli.
Fonte: Timeline.com