Se manter a estabilidade, a disponibilidade e a segurança das informações trafegadas pela rede de sua empresa está cada vez mais complicado, por que não buscar pelas novas tecnologias, como o SD-Wan, e mudar a gestão dessa infraestrutura?
Administrar redes de longa distância – a rede WAN, que conecta matrizes e filiais de empresas, por exemplo -, é bastante desafiador para os profissionais de TI. Entre os problemas enfrentados geralmente estão a pressão por estabilidade, disponibilidade e segurança, além dos custos com telecomunicações.
Para fazer a gestão dessas redes, grandes companhias optam pela contratação da MPLS (do inglês Multi-Protocol Label Switching), que são redes privadas que isolam completamente o tráfego de dados entre diferentes localidades (ou sítios). Muitas vezes, porém, esse serviço torna a TI das companhias amarrada e inflexível.
Se por um lado a vantagem da MPLS é a segurança dos dados trafegados, a disponibilidade de banda dedicada e a priorização de tráfego, por outro há desvantagens consideráveis. Preços altos (se comparados aos links de banda larga comerciais), velocidades baixas e a dependência excessiva das operadoras de telefonia são os fatores que comprometem orçamentos e engessam a atuação da TI.
Novas aplicações para resolver desafios antigos
De acordo com Alexsandro Reimann, Senior Network Engineer da unidade Global Advanced Services da Nap IT, para atender aos desafios dos gestores de garantir maior velocidade a um custo mais baixo é que novas aplicações começam a ser desenvolvidas no mercado.
Links MPLS podem ser configurados pela operadora, a pedido do cliente, para priorizar aplicações críticas, dando tratamento diferenciado para aplicações como vídeo ou voz, por exemplo, tentando se obter um nível mais alto de qualidade dos serviços (ou QoS). Portanto, não se trata apenas de banda, mas de tráfego acelerado para aplicações críticas.
“As empresas ficam nas mãos das operadoras para fazer ajustes nas redes. Geralmente contratam um link dedicado e um de backup que fica sem uso, apenas para a queda do principal”, explica Rodrigo Alabarce, CEO da Nap IT. “As regras definidas entre operadora e administrador de rede ficam paralisadas e acabam defasadas.”
Em caso de problemas no link MPLS, ou necessidade de novas configurações de tráfego, a lentidão na comunicação entre administradores de rede e operadora pode ser fatal.
Priorização dinâmica de tráfego
Ainda de acordo com Alabarce, há outro problema importante: a priorização do tráfego de determinadas aplicações dentro dos links MPLS não é dinâmica. “A banda disponível para cada aplicação pode ser insuficiente ou imprecisa e resultar em perda de pacotes, gerando problemas sérios não só para o gestor de redes, mas para o próprio negócio”, enfatiza.
As próprias operadoras de MPLS também impõe limitações. Para que as unidades remotas de uma organização se comuniquem usando esse padrão, uma mesma operadora precisa estar presente em todas as localidades – o que raramente acontece se for o caso de cidades afastadas dos maiores centros brasileiros.
SD-Wan – a rede definida por software
Em um mundo ideal, as empresas que contratam links MPLS deveriam ser menos dependentes das operadoras e terem uma gestão centralizada dos links e serviços contratados – sem dispensar a confiabilidade, a estabilidade e a segurança, é claro. Além de ter preços compatíveis com os obtidos nas conexões de banda larga tradicionais e conexões seguras.
A boa notícia é que essas possibilidades existem no mundo real graças às redes de longa distância definidas por software, ou simplesmente SD-WAN (Software-Defined in a Wide Area Network). Esta tecnologia usada para gerenciar redes é capaz de reduzir custos dando autonomia no transporte de dados entre redes MPLS, banda larga tradicional ou mesmo redes 3G e 4G. Isso tudo melhorando o desempenho das aplicações corporativas em até 1.900%.
Você não leu errado: mil e novecentos porcento. Mas esse assunto fica para o nosso próximo post.