Ter uma rede wireless em casa já é mais do que um item de conforto. Com o crescimento da quantidade de dispositivos mobile, ela se tornou uma necessidade, tanto para a vida pessoal, quanto para a profissional.
Mas para ter uma rede de qualidade, alguns critérios precisam ser levados em consideração. Por isso, o especialista em Wi-Fi da empresa brasileira Nap IT, Marcos Passos, criou um manual para orientar os usuários na hora de preparar uma rede mais eficaz. Veja:
1 – Cobertura
O primeiro passo é definir qual vai ser a área de cobertura do sinal. Recomenda-se que seja feito um rascunho da planta da casa, dando importância para banheiros, cozinhas e corredores, por exemplo, por serem ambientes que talvez o ponto de acesso possa não alcançar.
2 – Recomendações gerais
Não é recomendado que os pontos de acesso sejam instalados em mesas pequenas ou próximos do piso, a não ser que ele seja exclusivo para o ambiente. Também não é indicada a instalação atrás de televisões LCD ou dentro de estantes e armários. Além de estar visível, é ideal que o ponto fique preso a um forro com com a antena virada para baixo.
Passos também diz que deve-se evitar a instalação dos pontos em parede e colunas e nunca deixar as antenas de maneira inclinada. Sempre as mantenha em ângulo reto e, preferencialmente, na vertical.
3 – Possíveis interferências
Os equipamentos de pontos de acesso encontrados no mercado podem ter duas faixas de frequência: de 2.4 GHz ou de 5 GHz. A faixa de 2.4 GHz possui uma saturação natural, principalmente se for instalada em prédios, além de também sofrer interferências de outros equipamentos, como micro-ondas e telefones sem fio.
Já a faixa de 5 GHz não sofre tanto, mas tem a capacidade de transpor obstáculos diminuída e ainda não é padrão para todos os dispositivos.
O especialista indica o uso de programas gratuitos para fazer as análises de interferência no sinal, como o Wi-Fi Analyzer para smartphones, ou o inSSIDer para computadores.
4 – Segurança
O uso de senhas é essencial para que outros usuários não acessem a sua rede. A dica é que o código tenha letras, números e caracteres especiais, e que sejam trocados todo mês. Use sempre auenticação WPA 2 e criptografia AES. Passos recomenda também que seja feito o cadastramento de todos os equipamentos que podem acessar a rede.
5 – Instalar ou mudar a posição do ponto de acesso
Como já foi mencionado acima, é preciso que o ponto de acesso esteja posicionado onde ele possa ter uma melhor propagação, com o menor número de obstáculos possíveis. Nas residências, os pontos de acesso são chamados de omnidirecionais, por terem a capacidade de propagar sinais para todos os lados.
6 – Troca de antena
Nem todos os pontos de acesso permitem a troca de antena, mas se isso for possível, verifique se a do seu aparelho possui ganho inferior de 5DBi. Se for o caso, procure por antenas de ganho maior, mas com a certeza de que são itens homologados ou originais do fabricante.
7 – Troca do ponto de acesso
Se o ponto de acesso apresentar problemas e nenhuma das medidas sugeridas resolverem, é necessário que seja feita a troca do equipamento. Procure produtos de grandes fabricantes e que tenham duas antenas para evitar um recebimento de sinal menor que 5DBi.
8 – Ponto de acesso adicional
Em ambientes maiores, a instalação de um ponto adicional é indispensável. Quanto mais equipamentos, maior e melhor a cobertura do sinal.